Madruga

Tem coisas q só acontecem de madruga, ou melhor, tem coisas q só podem existir lá pelas tantas. E foi justamente numa dessas madrugadas q eu avistei, ainda de longe, o terror das criancinhas, o capeta, o chupa-cabras, ele, nada mais nada menos q o Homem-do-Saco. Um velhote barbudo, aparentemente perdido, procurando pirralhos pra ocupar espaço no seu saco (q nada, ele tava atrás de pinga memu)... Ele estava lá, no meio da avenida ibirapuera, cambaleando, qdo o reconheci, gritei logo, "olha o Homem-do-Saco".
Foi exatamente aí q ouvi, num brado embriagado, um sonoro "fiadaputa".